quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O Práxis e a subversão da ordem.

Texto produzido por:
Marcelo  Noriega Pires .
Acadêmico do Curso de História da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Coordenador do   Grupo de História do Práxis - Coletivo de Educação Popular  da UFSM.

"A utopia está lá no horizonte.

Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos.
Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos.

Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei.
Para que serve a utopia?

Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar."

Eduardo Galeano.


Para poder iniciar esta breve consideração gostaria de colocar alguns pontos que acredito serem de extrema importância para o entendimento da minha proposta.
Primeiramente quando falamos em subverter a ordem é necessário que resgatemos um pouco da trajetória de lutas do Práxis-Coletivo de Educação Popular. Desde a sua fundação o Práxis tem buscado formas de subverter a ordem da estrutura universitária. Afinal qual outro projeto, seja de ensino, pesquisa ou extensão é gestado totalmente pelos próprios acadêmicos? Apenas este fato nos serviria para compreendemos um pouco daquilo que pretendo exemplificar como a Educação Popular como oportunidade de superar esta ordem capitalista excludente.
Mas a atuação do Práxis não se limita apenas ao questionamento da estrutura universitária, o projeto se tornou referência não só como exemplo de Pré-Vestibular Popular que se mantém há mais de uma década graças ao esforço hercúleo de tantos acadêmicos e trabalhadores que de uma forma ou de outra deixaram a sua contribuição para a manutenção do projeto. O Práxis esteve presente e ainda estará por muito tempo nas diversas lutas promovidas por grupos que descontente com esta lógica excludente.
É neste sentido que gostaria de pautar a parte final de minha breve contribuição. Estamos em um momento onde a luta de classes está novamente ocupando papel de destaque no cenário mundial, não é por acaso que ocorreram e continuam ocorrendo conjunto de Revoltas no Mundo Islâmico, revoltas e estudantes e trabalhadores em países como Espanha, Grécia, Inglaterra. Somasse a isso a inesgotável crise norte-americana, os tradicionais conflitos na França, revolta popular em Israel e também por que não dizer a crescente insatisfação dos diversos ramos do serviço público brasileiro.
Toda esta efervescência de lutas contraria aquilo que muitos teóricos como Fukuyama que afirmaram que com a queda União Soviética a luta de classes e consequentemente a História havia chegado ao seu fim, não restando a nós outra alternativa que não fosse “dançar conforme a música” do Capitalismo Neoliberal estadunidense
Para finalizar gostaria de afirmar que aqueles que ainda se atrevem a pregar que a realidade está dada e que não existe alternativa para a superação das mazelas que afligem a sociedade atual jamais poderão contar com a concordância dos lutadores  e lutadoras que contribuem direta e diariamente para a construção do Práxis- Coletivo de Educação Popular.  


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